Os riscos da crise de representatividade para a democracia brasileira
Na Grécia antiga, a Ágora (praça pública) foi palco da chamada
democracia direta organização pela qual os cidadãos participavam do processo da
tomada de decisões. No Brasil atual, se estabeleceu o regime indireto, e
através deste o povo é representado por partidos políticos que defendem
ideologias e buscam agregar valores a esse sistema político – ou pelo menos era
o esperado. Na perspectiva de ausência de comprometimento, acentuada pela
descrença no papel da justiça brasileira, há indivíduos que temem o ideal
dessas facções, o que gera uma crise e desconfiança na real democracia
existente.
Viver em democracia é se sentir representado por decisões e ideais. É por esta
razão que a maioria dos jovens, protagonistas da nova geração, evidencia
o atual sistema político como falho, uma vez que reconhecem a desqualificação
do parlamento, dos políticos e dos partidos em geral.
Por outro lado, em uma óptica paradoxal, a acirrada disputa da corrida
eleitoral do ano de 2014 é a prova da dúvida dos cidadãos. Com apenas 3 pontos
percentuais na frente, a Presidenta Dilma Rousseff conseguiu sua reeleição.
Apesar dos grandes feitos do Partido dos Trabalhadores - PT, como a aceleração
da grande ascensão social que possibilitou novas filiações e admiração pelo
trabalho, sua derrocada acentua a incredulidade na política contemporânea,
marcada pela corrupção endêmica, desvio de dinheiro e pedaladas fiscais, além
do tráfico de influências e perda da autonomia, já que a facção petista é o
partido que menos recebem aliados.
Fica evidente, portanto, que as esferas governamentais devem reavaliar seus
interesses no parlamento, buscando de fato representar o brasileiro que tem
sede de uma política limpa e eficaz. Deste modo, a mídia, como massa de
influências, deve promover campanhas que busquem informatizar a população sobre
os partidos existentes e seus ideais defendidos. Só assim, amenizando a
vulgarização da política, apenas o homem bem informado poderá decidir
adequadamente que rumo tomar.
- Yonara Kaíse
