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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Desastres ambientais: qual o preço do desenvolvimento?

      

      Ao sugerir a obtenção de crescimento econômico e desenvolvimento social de forma a sanar as necessidades atuais sem comprometer o atendimento destas quanto às gerações futuras, o desenvolvimento sustentável tem suscitado a adesão a uma nova maneira de se encarar a relação indivíduo-natureza. Entretanto, em um regime de falência de utopias, a ganância empresarial e humana se mostra superior e acentua a ocorrência de catástrofes nocivas ao planeta.
       Na conjuntura vigente no pós-Segunda Guerra Mundial, os efeitos gerados foram o despertar da consciência ecológica. Desde então, conferências e fóruns são realizados com o intuito de reavaliar o desenvolvimento dos países mais poluentes e emissores de gases – fatores agravantes da problemática do aquecimento global –, além de estabelecer metas que busquem atenuar os desastres ambientais. Porém, pela óptica da revolução técnico-científica-informacional, os riscos aos quais os países mais industrializados podem se submeter mediante a estagnação da economia tornam-se mais preocupantes.
       No Brasil, por sua vez, é nítida a consonância com a ausência do exercício da alteridade (o pensar no outro). Fomentadas pela imputabilidade e competitividade incessante pelo capital, tragédias ambientais como a ocorrida em Mariana – Minas Gerais, cuja atividade mineradora presente se caracterizava como prática totalmente arriscada e prejudicial ao ecossistema local, evidenciam a fragilidade entre a valorização da vida e a concretização de gestões que respaldem seus projetos a partir de interesses coletivos.
.     Fica claro, portanto, que o equilíbrio com o meio natural é indispensável na efetivação de práticas que superem esses desafios. Deste modo, além de as empresas estatais instalarem uma fiscalização necessária para a transparência sobre possíveis riscos, é relevante o papel da sociedade civil e do próprio indivíduo na demanda por políticas públicas que garantam de fato um desenvolvimento sustentável retumbante.


Yonara Kaíse